A ira dos frouxos
Consta que entre os jovens casais, as agressões causadas pelas mulheres superam as provocadas pelos homens. Vários comentários poderiam vir daqui, tudo especulação, o que não tem mal desde que seja assumida com tal e não como verdade provada. Em primeiro lugar, questiono a própria notícia, que apenas soube em segunda mão. Os media gostam de divulgar “factos” surpreendentes, nomeadamente estudos que provam algo onde antes se suspeitava do oposto. Mesmo que se baseiem em trabalhos sérios, há que duvidar se as conclusões apresentadas não estão empoladas, truncadas ou mesmo distorcidas para apresentarem resultados opostos ao da fonte inicial.
Mas, assumindo que a notícia é verdadeira e o seu conteúdo linear, surgem outras questões. Há que explicar a razão da maior agressividade por parte das mulheres. Uma possível explicação é que nos andaram a enganar sobre as hormonas masculinas que faziam dos homens umas bestas destruidoras, enquanto as fêmeas eram umas santas impolutas. Contudo, penso que uma melhor explicação se encontra no campo social. Tornou-se politicamente correcto desculpar qualquer comportamento abusivo por parte das mulheres, enquanto o mesmo comportamento num homem é considerado desprezível. Não sei se isto é algum mecanismo social de compensação, que acha que uma injustiça só se pode resolver com outra injustiça, mas só é possível devido aos baixos índices de ética dos indivíduos.
Não quero sugerir que as mulheres são mais violentas que os homens, pelo contrário. Continuo a achar os homens mais agressivos mas como sobre eles pende um anátema social maior, sentem que não podem pisar o risco. Contudo, pode ainda haver uma terceira explicação relacionada com a anterior. Os homens podem não ser, por natureza, menos agressivos que as mulheres mas terem-se tornado por mecanismos sociais, começando pela educação. Que é outra forma de dizer que se tornaram frouxos, porque não acredito que a perda de agressividade tenha ocorrido sem danos. Terá sido antes um mecanismo de lobotomia social. Mas, como disse, são meras especulações.
Mas, assumindo que a notícia é verdadeira e o seu conteúdo linear, surgem outras questões. Há que explicar a razão da maior agressividade por parte das mulheres. Uma possível explicação é que nos andaram a enganar sobre as hormonas masculinas que faziam dos homens umas bestas destruidoras, enquanto as fêmeas eram umas santas impolutas. Contudo, penso que uma melhor explicação se encontra no campo social. Tornou-se politicamente correcto desculpar qualquer comportamento abusivo por parte das mulheres, enquanto o mesmo comportamento num homem é considerado desprezível. Não sei se isto é algum mecanismo social de compensação, que acha que uma injustiça só se pode resolver com outra injustiça, mas só é possível devido aos baixos índices de ética dos indivíduos.
Não quero sugerir que as mulheres são mais violentas que os homens, pelo contrário. Continuo a achar os homens mais agressivos mas como sobre eles pende um anátema social maior, sentem que não podem pisar o risco. Contudo, pode ainda haver uma terceira explicação relacionada com a anterior. Os homens podem não ser, por natureza, menos agressivos que as mulheres mas terem-se tornado por mecanismos sociais, começando pela educação. Que é outra forma de dizer que se tornaram frouxos, porque não acredito que a perda de agressividade tenha ocorrido sem danos. Terá sido antes um mecanismo de lobotomia social. Mas, como disse, são meras especulações.
E por falar em frouxidão, esta saga das maternidades faz-me desprezar cada vez mais a política partidária. A actuação do governo pode-se considerar típica. Existe determinação, para não dizer teimosia, mas dá sempre a sensação que as verdadeiras motivações estão ocultas e que não há grande vergonha em mentir para ir encontrando justificações. Com isto não quero dizer que as decisões de encerramento não sejam acertadas, porque o PSD que maiores responsabilidades tem em estudar o assunto e apresentar alternativas superiores, limita-se a ir pelo caminho fácil da demagogia, sem dar mostras de ter qualquer ideia central na sua actuação. Não lhes ocorre que tudo poderia ser resolvida descentralizando, dando aos municípios a liberdade de dimensionar o número de maternidades necessárias, ao mesmo tempo que assumiriam a responsabilidade pelos diversos encargos. Nem digo dar tudo aos privados porque os histéricos do costume iriam logo dizer que isso iria aumentar dramaticamente a taxa de mortalidade infantil.
MC
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