Guerra cultural (7)
ATEÍSMO REVOLUCIONÁRIO
A modernidade, tal como a tenho vindo a descrever, é talvez o mais ambicioso projecto da história da humanidade. A sua grandiosidade é de tal ordem que nunca poderia ser planeada na sua globalidade. É feita de ondas consecutivas e na crista de cada uma torna-se possível vislumbrar algumas das alterações futuras. Assim descrita, a modernidade mais não parece ser que o desenrolar normal das civilizações, que depende de tantas variáveis que nunca poderia ser nem previsível nem controlável, sob pena de graves distúrbios. Aquilo que distingue a modernidade é a negação do passado, trata-se de um projecto revolucionário que pretende construir toda uma sociedade de raiz.
A única premissa necessária para ser um agente desta modernidade é ter como princípio a negação da validade das soluções do passado. Aqui confluem todo o tipo de grupos e sensibilidade, por vezes antagónicas entre si. Marxistas, fascistas, ambientalistas, “orientalistas”, gayzistas, abortistas, feministas radicais, etc. Contudo, há um grupo que me parece ainda mais perverso: o dos ateístas. Não falo simplesmente dos que não acreditam em Deus (ateus) mas dos que acreditam piamente que Ele não existe e tudo criado com inspiração n’Ele é negativo. Ao tentarem retirar a presença de Deus do meio de nós, tolerando apenas de forma trocista o culto privado e envergonhado, os ateístas destroem os fundamentos da confiança que suportam toda a civilização. Torna-se óbvia a veia revolucionária dos ateístas se pensarmos que, em teoria, um ateu simplesmente não teria qualquer interesse na questão de Deus. Contudo, os ateístas demonstram um interesse desmedido pela negativa, procurando minar qualquer construção com base religiosa.
Os tempos modernos estão de feição para o anti-clericalismo. Fascistas já quase só existem na imaginação dos comunistas e estes são cada vez menos. A histeria ambientalista ainda deixa muita gente indiferente e as posições mais progressistas dos gayzistas ainda são uma curiosidade, apesar de em rápida progressão. Agora são poucos os que resistem em mostrar a sua ausência de medo do Deus cristão, arrogando-se de não precisarem d’Ele para nada, considerando os crentes gente fraca e de uma ignorância atroz, que se pudessem voltavam a reactivar a Santa Inquisição.
A modernidade, tal como a tenho vindo a descrever, é talvez o mais ambicioso projecto da história da humanidade. A sua grandiosidade é de tal ordem que nunca poderia ser planeada na sua globalidade. É feita de ondas consecutivas e na crista de cada uma torna-se possível vislumbrar algumas das alterações futuras. Assim descrita, a modernidade mais não parece ser que o desenrolar normal das civilizações, que depende de tantas variáveis que nunca poderia ser nem previsível nem controlável, sob pena de graves distúrbios. Aquilo que distingue a modernidade é a negação do passado, trata-se de um projecto revolucionário que pretende construir toda uma sociedade de raiz.
A única premissa necessária para ser um agente desta modernidade é ter como princípio a negação da validade das soluções do passado. Aqui confluem todo o tipo de grupos e sensibilidade, por vezes antagónicas entre si. Marxistas, fascistas, ambientalistas, “orientalistas”, gayzistas, abortistas, feministas radicais, etc. Contudo, há um grupo que me parece ainda mais perverso: o dos ateístas. Não falo simplesmente dos que não acreditam em Deus (ateus) mas dos que acreditam piamente que Ele não existe e tudo criado com inspiração n’Ele é negativo. Ao tentarem retirar a presença de Deus do meio de nós, tolerando apenas de forma trocista o culto privado e envergonhado, os ateístas destroem os fundamentos da confiança que suportam toda a civilização. Torna-se óbvia a veia revolucionária dos ateístas se pensarmos que, em teoria, um ateu simplesmente não teria qualquer interesse na questão de Deus. Contudo, os ateístas demonstram um interesse desmedido pela negativa, procurando minar qualquer construção com base religiosa.
Os tempos modernos estão de feição para o anti-clericalismo. Fascistas já quase só existem na imaginação dos comunistas e estes são cada vez menos. A histeria ambientalista ainda deixa muita gente indiferente e as posições mais progressistas dos gayzistas ainda são uma curiosidade, apesar de em rápida progressão. Agora são poucos os que resistem em mostrar a sua ausência de medo do Deus cristão, arrogando-se de não precisarem d’Ele para nada, considerando os crentes gente fraca e de uma ignorância atroz, que se pudessem voltavam a reactivar a Santa Inquisição.
Esta posição mostra que os próprios ateístas só conseguem conceber a religiosidade de forma infantil, caindo na famosa falácia do homem de palha. Claro que ninguém é obrigado a fazer análises que superem as suas capacidades cognitivas, mas classificar instituições milenares a partir de meia dúzia dos seus pontos mais negros já revela alguma desonestidade intelectual. Especialmente quando se considera que apenas estes pontos negros deixaram a sua marca na civilização. Esta miopia ateísta não permite compreender o intricado processo da história das ideias. É curioso como certos ateístas defendem ardentemente ideias, como a da liberdade, e não se dão ao trabalho de avaliar os seus fundamentos religiosos. Alguns são ainda mais rebuscados, admitindo que no passado a religião até pode ter servido para alguma coisa, mas nos dias que correm, com os avanços da ciência e da tecnologia, podemos prescindir dela com vantagem. Apesar desta posição parecer ter algum equilibrio, se a levarmos às últimas consequências fica evidente que o ateísmo é um projecto revolucionário que, como todos do género, está condenado ao fracasso depois de destruir a vida a milhões de pessoas.
MC
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