O cartaz da esperança
Nos últimos dias tenho visto uns cartazes do PS, muito rosados, que falam no futuro, presumivelmente tentando dar a ideia de esperança e confiança. Lembro-me que quando Santana Lopes, na CML, mandava colocar um cartaz por cada coisa que fazia, era logo criticado por isso. Curioso ainda não ter visto ninguém criticar Sócrates, por fazer a mesma coisa quando ainda não fez nada que se possa ser digno de registo.
Quando o governo de Durão Barroso iniciou funções, por esta altura do mandato, já tinha terminado o estado de graça (nunca existiu....). Sócrates também fez o discurso da tanga mal tomou posse, apesar de não ter criado nenhuma expressão que se tornasse emblemática. Apesar do PS ter instalado um “estado de silêncio”, quando falam em público, ministros e secretários de estado acumulam aquilo que no tempo de Santana Lopes se chamava de trapalhadas.
É impressionante ver a diferença de ter a comunicação maioritariamente a nosso favor ou contra nós. A mesma realidade é apresentada de formas completamente distintas, ou empolada ou escondida. Não será necessário dizer que varrer o lixo para debaixo do tapete não o elimina. Não quero já dizer que a governação PS será desastrosa, porque gosto de ser justo e ainda é muito cedo para isso. Mas com uma comunicação social amiga ou complacente, conforme os casos, será necessária bastante mais atenção para percebermos o que está a acontecer.
MC
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