Green Pide
Militantes da Greenpeace têm feito umas acções em Portugal. Não tenho acompanhado de perto estas movimentações, mas parecem-me ser umas tentativas de boicote a empresas que transaccionam madeiras. O álibi desta organização “ambiental” é que as madeiras vieram de abates ilegais, segundo me consta.
Não faço a mínima ideia se o que afirmam é verdade. Contudo, o que me espanta, é a passividade com que todos vêem estas acções. Por acaso esta associação foi mandatada de poderes especiais? Que direito tem esta gente de perturbar o desenrolar de actividades económicas a seu bel prazer? É a sua superioridade moral face aos demais cidadãos? Não há instituições próprias para fazer a investigação e intervenção nestes casos? Não podiam estes “ambientalistas” apresentar queixa directa a elas?
Este direito de ingerência é exercido com o menor dos pudores. Acções de marketing que se querem espectaculares, mas que nada ajudam para resolver o que quer que seja. Estas brincadeiras de justiceiro podem parecer corajosas, de gente com valores. Imaginemos o que era levar adiante e de forma continuada este direito à ingerência sempre que nos apetecesse. Era a contínua devassa da vida íntima, o total bloqueamento de todas as acções económicas baseado numa desculpa qualquer. A nossa passividade face a estes acontecimentos demonstra até que ponto damos pouca importância à nossa liberdade.
MC
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