Preguiça, a quanto obrigas
Estão cá uns coreanos no meu departamento, com os quais não tenho contacto directo, que vieram para resolver alguns problemas em relação a uns equipamentos. O problema parece ser complicado e eles nem pensam ir almoçar. Só sairão daqui quando tudo estiver em ordem.
Poderá parecer que eles não fazem mais que a sua obrigação, mas não é bem assim. Várias empresas fornecem equipamentos semelhantes, todas elas grandes empresas internacionais bem conhecidas de todos. Normalmente, até o equipamento ser lançado, são necessários vários passos, melhorando vários aspectos até se chegar a um patamar de qualidade requerido, com várias versões de software, num processo que pode demorar semanas ou meses. Mas estes coreanos não se satisfazem com esta metodologia. Se há um problema, há que fazer tudo por tudo para o resolver no mínimo espaço de tempo, mesmo que não haja uma aparente urgência.
Esta atitude é comum em qualquer lado quando se tem de manter um serviço em funcionamento ou uma linha de montagem, em que cada minuto perdido significa muito dinheiro. Mas ver esta atitude em relação a coisas que poderiam esperar, revela a que ponto estamos de sermos competitivos com certos países. Precisamos de um choque competitivo, que é algo que não é possível seguir a partir de uma receita. Mas se não queremos ser como os coreanos, sem almoço, sem férias e apenas com o domingo para descansar, certamente não podemos ficar como estamos por muito tempo.
MC
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