As minhas desilusões com a esquerda V
Finalizo aqui a série das desilusões em relação à esquerda. Tenho de reconhecer que se dou importância a valores como democracia, liberdade e progresso, isso se deve à esquerda. Contudo, mais do que papaguear estes valores, fui desenvolvendo-os em mim ao longo dos tempos. Constato, ao fim de tantos anos, que aquilo que significam estes valores para mim é algo diferente do que significam para a maioria da esquerda, especialmente em relação à liberdade.
Por outro lado, não tenho forma de me afastar da esquerda. Quase todas as pessoas que mantenho relações e alguns amigos, são de esquerda. De facto, não são as ideias que cada um tem em relação a questões políticas e económicas que são importantes nos relacionamentos pessoais, mas um ética mas peculiar.
Mas os tempos também são propícios às pessoas expressarem opiniões extremistas. Apercebo-me que não há qualquer possibilidade de manter relações de cordialidade com certas pessoas de esquerda. Pessoas imunes a argumentos lógicos, com acesso a informação mas que a seleccionam apenas com os seus ódios em mente, que não hesitam em insultar se alguém os confronta. É um fenómeno curioso, mas terrível.
Pode-se argumentar que pessoas estúpidas e intolerantes há em todo o lado e é verdade. Mas quando a intolerância vem de pessoas de esquerda, que sempre achei tolerantes, algo de estranho se passa. Já me aconteceu algumas vezes, num grupo de pessoas com simpatias à esquerda que batem em alguém (governo, EUA, etc.), se me atrevo a dizer que “não é bem assim” (note-se que nem defendo a posição contrária, mas faço apenas um pequeno reparo), imediatamente sou censurado, repudiado. Ou melhor, era, porque já percebi que com estas pessoas não é possível argumentar. E já várias pessoas me disseram o mesmo, por terem passado situações idênticas.
Não sei se as minhas desilusões com a esquerda terminaram. Espero que sim. E que uma esquerda realmente tolerante e que respeite a liberdade volte a florescer.
Por outro lado, não tenho forma de me afastar da esquerda. Quase todas as pessoas que mantenho relações e alguns amigos, são de esquerda. De facto, não são as ideias que cada um tem em relação a questões políticas e económicas que são importantes nos relacionamentos pessoais, mas um ética mas peculiar.
Mas os tempos também são propícios às pessoas expressarem opiniões extremistas. Apercebo-me que não há qualquer possibilidade de manter relações de cordialidade com certas pessoas de esquerda. Pessoas imunes a argumentos lógicos, com acesso a informação mas que a seleccionam apenas com os seus ódios em mente, que não hesitam em insultar se alguém os confronta. É um fenómeno curioso, mas terrível.
Pode-se argumentar que pessoas estúpidas e intolerantes há em todo o lado e é verdade. Mas quando a intolerância vem de pessoas de esquerda, que sempre achei tolerantes, algo de estranho se passa. Já me aconteceu algumas vezes, num grupo de pessoas com simpatias à esquerda que batem em alguém (governo, EUA, etc.), se me atrevo a dizer que “não é bem assim” (note-se que nem defendo a posição contrária, mas faço apenas um pequeno reparo), imediatamente sou censurado, repudiado. Ou melhor, era, porque já percebi que com estas pessoas não é possível argumentar. E já várias pessoas me disseram o mesmo, por terem passado situações idênticas.
Não sei se as minhas desilusões com a esquerda terminaram. Espero que sim. E que uma esquerda realmente tolerante e que respeite a liberdade volte a florescer.
MC
1 Comments:
Gostei muito desta série.
jcd
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