As minhas desilusões com a esquerda IV
Os blogs acrescentam algo aos meios de comunicação. É a criação de conteúdos na sua forma mais pura. Puro não no sentido de cada blogger escrever despido das suas ideias, convicções e desejos, mas exactamente o oposto. Puro porque cada um é aquilo que é. Ao contrário dos meios de informação tradicionais, nos blogs é bastante mais fácil discernir o que é mesmo informação isenta, opinião ou facciosismo despropositado. Para o assunto em causa, convirjo para o blogs políticos.
Em relação aos assuntos que pretendia ver mais esclarecidos, política internacional, especialmente os EUA e o seu presidente, os blogs mais encostados à esquerda não me conseguiram dar nada de novo. O tom de chacota e os mesmos argumentos de sempre, que já tinha visto antes, voltavam-me a desiludir. Mais que isso, a esquerda nos blogs dava aquele ar arrogante de quem sabe que domina as opiniões correntes, que tem os media na mão, presos não pelo poder económico mas pelo poder do ódio. Mas a blogosfera continha outras correntes, em especial havia e há uma série de blogs “livres” que colocava as questões de uma forma distinta. Foi com algum choque que vi que as pessoas mais educadas e que argumentavam de forma mais correcta, desmontavam com bastante facilidade os argumentos da esquerda, ao que estes últimos respondiam quase sempre com insultos. Claro que também havia gente na esquerda que respondia com dignidade, mas os seus argumentos cada vez me pareciam mais fracos.
Procurando eu esclarecimentos sobre política internacional, encontrei aquilo que no fundo já sabia. O mundo não é explicado de formas simplistas, dizendo que um presidente é idiota ou com teorias da conspiração. Não encontrei a verdade sobre estas questões, mas apenas fragmentos dispersos. Mas comecei a identificar as mentiras com muito mais facilidade. E esta foi, talvez uma das minhas grandes desilusões com a esquerda. Saber que a esquerda me tinha mentido a vida toda.
Em relação aos assuntos que pretendia ver mais esclarecidos, política internacional, especialmente os EUA e o seu presidente, os blogs mais encostados à esquerda não me conseguiram dar nada de novo. O tom de chacota e os mesmos argumentos de sempre, que já tinha visto antes, voltavam-me a desiludir. Mais que isso, a esquerda nos blogs dava aquele ar arrogante de quem sabe que domina as opiniões correntes, que tem os media na mão, presos não pelo poder económico mas pelo poder do ódio. Mas a blogosfera continha outras correntes, em especial havia e há uma série de blogs “livres” que colocava as questões de uma forma distinta. Foi com algum choque que vi que as pessoas mais educadas e que argumentavam de forma mais correcta, desmontavam com bastante facilidade os argumentos da esquerda, ao que estes últimos respondiam quase sempre com insultos. Claro que também havia gente na esquerda que respondia com dignidade, mas os seus argumentos cada vez me pareciam mais fracos.
Procurando eu esclarecimentos sobre política internacional, encontrei aquilo que no fundo já sabia. O mundo não é explicado de formas simplistas, dizendo que um presidente é idiota ou com teorias da conspiração. Não encontrei a verdade sobre estas questões, mas apenas fragmentos dispersos. Mas comecei a identificar as mentiras com muito mais facilidade. E esta foi, talvez uma das minhas grandes desilusões com a esquerda. Saber que a esquerda me tinha mentido a vida toda.
MC
1 Comments:
Concordo contigo, mas só parcialmente.
No essencial porque acho que maximizaste uma esquerda (que existe) que só responde ou argumenta com mentiras e/ou insultos.
Mas a verdadeira esquerda, a que interessa ter em conta de facto (e que penso ser maioritária), não é essa. É a que reflecte sobre os problemas, casos ou pessoas, com base em princípios que os distinguem da direita e que emite a sua opinião no contexto desses princípios.
Claro que não se pode esperar, mesmo com essa prática mais racional e construtiva, que toda a gente de esquerda tenha a mesma opinião. E isso, em última análise, é até salutar.
O que talvez provoque alguma distorsão é o facto de na blogosfera haver maior militância das pessoas de esquerda que facilmente caem no discurso primário, dizendo coisas que talvez não sejam capazes de afirmar em público. E talvez que os outros, os ditos racionais, estejam em franca minoria dentro da esquerda.
O mesmo discurso (o teu) poderia ser feito à direita. Sendo que, em matéria de blogues, serão menos que os de esquerda.
ps: não conhecia o teu blogue e só aqui vim porque o Observador te citou, criando um link para aqui. Mas gostei.
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