segunda-feira, março 07, 2005

O futuro da nação


Fiquei a saber este fim-de-semana que a minha afilhada, que frequenta o ensino básico, já terminou os seus cadernos de português e matemática, quando ainda está apenas a meio do ano lectivo. Não é a única, mais dois ou três da sua classe estão na mesma situação. Imagino que isto seja uma forma de “melhorar” o ensino, tornando-o mais fácil. Absurdamente mais fácil. Ao mesmo tempo, promove-se a igualdade de oportunidades, fazendo com que todos andem na passada do mais lento.

Para combater as desigualdades, institui-se um regime em que os melhores não podem ser eles mesmos e têm que ser algo inferior às possibilidades que demonstram. Combate-se a discriminação, discriminando os melhores. Políticos falam na TV sobre o rigor, a inovação, de fazer melhor, de excelência, de nos juntarmos aos melhores. Quando a minha afilhada me perguntar o que querem dizer estas coisas, vai ser difícil explicar-lhe face aos exemplos que lhe dão na escola.

MC

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