Big Bush
Várias vezes pensei em como G. W. Bush será vista pela História (ou pelo menos na maioria das versões que serão escritas). O meu palpite é que Bush nunca será avaliado acertadamente. A visão presente dificilmente poderia ser mais negra. E também mais absurda. As críticas são tantas e tão erráticas que quase acabam por se anular. Não que a actuação da administração Bush não possa ser criticada, longe disso. Mas quando ela acontece massivamente, tantas vezes dominada pela lógica da conspiração e da inveja, penso que a prazo quem irá ficar mal na fotografia serão os críticos. Afeganistão, Iraque e os investimentos em energias alternativas poderão dar fama a Bush, pela positiva.
A História poderá recordar que Bush foi o principal responsável por libertar estes dois países das piores ditaduras. A lógica da conspiração, dos negócios do petróleo, do imperialismo, irá se desfazer pela sua falta de consistência. Não será desmontada, simplesmente serão argumentos que cairão no esquecimento. Merecerá Bush ser recordado tão positivamente pela História? Talvez tanto como merece no presente ser recordado negativamente. O erro está em ver as coisas como sendo fruto apenas da decisão de uns poucos. Na realidade, o presidente dos EUA é um homem com limitações de toda a ordem e com pouco poder de manobra. Pouco do que fizer de bem ou de mal dependerá realmente dele. Mesmo que esteja nas mãos de um homem fazer guerra ou não, isso esconde o facto de não ser da responsabilidade desse homem a premência da questão. E qualquer uma dessas decisões terá consequências terríveis. Os teóricos da conspiração imaginam cenários de poder absoluto onde “eles fazem o que querem”. Nem mesmo nos tempos das monarquias absolutas assim era. Reis e imperadores estavam também dependentes dos fundos disponíveis, apoio dos nobres, condições geográficas e climáticas, actuação de reinos vizinhos, doenças, etc. E actualmente o presidente dos EUA terá ainda de contar com as sondagens de opinião, meios de comunicação social, aprovação do senado e do congresso, conselho de segurança da ONU, relações bilaterais, lobis internos, constituição americana, etc. Ao invés de ser o homem mais poderoso do mundo, o presidente dos EUA é o homem com mais limitações no planeta.
Ainda sobre os investimentos nas energias renováveis, é um bom exemplo de como se pode ficar bem na fotografia sem fazer algo realmente relevante. As motivações podem ser tanto ecológicas como geopolíticas, devido ao delicado problema político associado ao petróleo. Mas as atenções serão colocadas nas consequências. Aqui, se forem dados passos importantes nas energias renováveis, Bush ficará radioso na fotografia, quem sabe um ícone para ecologia no futuro. Mas injustamente. Porque se irão comparar os ganhos que se obterão com estes investimentos com… nada. É uma falácia estatista para sair sempre a ganhar porque o senso comum se esquece sempre de avaliar o custo de oportunidade. Esquece de ponderar aquilo que se deixou de ganhar por ter desviado fundos para este campo.
A História poderá recordar que Bush foi o principal responsável por libertar estes dois países das piores ditaduras. A lógica da conspiração, dos negócios do petróleo, do imperialismo, irá se desfazer pela sua falta de consistência. Não será desmontada, simplesmente serão argumentos que cairão no esquecimento. Merecerá Bush ser recordado tão positivamente pela História? Talvez tanto como merece no presente ser recordado negativamente. O erro está em ver as coisas como sendo fruto apenas da decisão de uns poucos. Na realidade, o presidente dos EUA é um homem com limitações de toda a ordem e com pouco poder de manobra. Pouco do que fizer de bem ou de mal dependerá realmente dele. Mesmo que esteja nas mãos de um homem fazer guerra ou não, isso esconde o facto de não ser da responsabilidade desse homem a premência da questão. E qualquer uma dessas decisões terá consequências terríveis. Os teóricos da conspiração imaginam cenários de poder absoluto onde “eles fazem o que querem”. Nem mesmo nos tempos das monarquias absolutas assim era. Reis e imperadores estavam também dependentes dos fundos disponíveis, apoio dos nobres, condições geográficas e climáticas, actuação de reinos vizinhos, doenças, etc. E actualmente o presidente dos EUA terá ainda de contar com as sondagens de opinião, meios de comunicação social, aprovação do senado e do congresso, conselho de segurança da ONU, relações bilaterais, lobis internos, constituição americana, etc. Ao invés de ser o homem mais poderoso do mundo, o presidente dos EUA é o homem com mais limitações no planeta.
Ainda sobre os investimentos nas energias renováveis, é um bom exemplo de como se pode ficar bem na fotografia sem fazer algo realmente relevante. As motivações podem ser tanto ecológicas como geopolíticas, devido ao delicado problema político associado ao petróleo. Mas as atenções serão colocadas nas consequências. Aqui, se forem dados passos importantes nas energias renováveis, Bush ficará radioso na fotografia, quem sabe um ícone para ecologia no futuro. Mas injustamente. Porque se irão comparar os ganhos que se obterão com estes investimentos com… nada. É uma falácia estatista para sair sempre a ganhar porque o senso comum se esquece sempre de avaliar o custo de oportunidade. Esquece de ponderar aquilo que se deixou de ganhar por ter desviado fundos para este campo.
MC
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