A culpa morreu francesa
Lembrei-me de uma piada. Falar da França, o pais que ilumina o mundo, quando ele está arder. Mau gosto, mau gosto... Há que evitar tiradas destas para não perder a pouca credibilidade que se tem junto a alguns incautos. No entanto, talvez até tenha algo sério para dizer sobre o assunto. Vamos ver se consigo salvar a face.
Uma coisa que me espanta sempre é ver que intelectualizar algo afasta quase sempre o assunto da realidade. Se eu fosse um francês médio, sem garagem para guardar o carro, o que pensaria fazer em relação a esta vaga de “confusão”? Obviamente que iria pedir ao meu vizinho a sua caçadeira de canos cerrados, não fossem elas acontecerem. Ou melhor, iria fazer uma reunião com este e outros vizinhos para organizarmos uma patrulha de vigilância, que iria utilizar uma saudável violência contra qulquer suspeito (não há fumo sem fogo).
Imaginando que sou, pelo contrário, um intelectual, o que fazer? Obviamente nada, há que pensar sobre o assunto. Então o que têm pensado os intelectuais?
- A culpa é daquele senhor com nome checo, que consta ser de extrema-dreita e manda dar porrada nos estrangeiros;
- A culpa é dos franceses em geral porque são racistas;
- A culpa é do modelo social que protege os indígenas dos imigrantes;
- A culpa é dos capitalistas que mandam vir mão de obra barata do estrangeiro e depois provocam estes barris de pólvora;
- A culpa é do Bush (esta é verdade);
- A culpa é dos políticos e da sua falta de medidas de integração...
Há um padrão neste pensar dos intelectuais. A procura da culpa. Mas claro que não é aquela culpa que qualquer ignorante consegue identificar. Não tem piada nenhuma dizer que a culpa é dos culpados, daqueles que andam a incendiar carros indiscriminadamente. Isso é tão óbvio que não tem sentido ser dito. Aliás, é tão óbvio que faz mais sentido dizer o contrário. Absolver os culpados e procurar culpas em tudo e todos.
Uma coisa que me espanta sempre é ver que intelectualizar algo afasta quase sempre o assunto da realidade. Se eu fosse um francês médio, sem garagem para guardar o carro, o que pensaria fazer em relação a esta vaga de “confusão”? Obviamente que iria pedir ao meu vizinho a sua caçadeira de canos cerrados, não fossem elas acontecerem. Ou melhor, iria fazer uma reunião com este e outros vizinhos para organizarmos uma patrulha de vigilância, que iria utilizar uma saudável violência contra qulquer suspeito (não há fumo sem fogo).
Imaginando que sou, pelo contrário, um intelectual, o que fazer? Obviamente nada, há que pensar sobre o assunto. Então o que têm pensado os intelectuais?
- A culpa é daquele senhor com nome checo, que consta ser de extrema-dreita e manda dar porrada nos estrangeiros;
- A culpa é dos franceses em geral porque são racistas;
- A culpa é do modelo social que protege os indígenas dos imigrantes;
- A culpa é dos capitalistas que mandam vir mão de obra barata do estrangeiro e depois provocam estes barris de pólvora;
- A culpa é do Bush (esta é verdade);
- A culpa é dos políticos e da sua falta de medidas de integração...
Há um padrão neste pensar dos intelectuais. A procura da culpa. Mas claro que não é aquela culpa que qualquer ignorante consegue identificar. Não tem piada nenhuma dizer que a culpa é dos culpados, daqueles que andam a incendiar carros indiscriminadamente. Isso é tão óbvio que não tem sentido ser dito. Aliás, é tão óbvio que faz mais sentido dizer o contrário. Absolver os culpados e procurar culpas em tudo e todos.
MC
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